segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Angeli

Uma citação é sempre bem-vinda no caso de alguém ter descrito algo melhor do que você poderia fazer.
"Há quem se atribua a tarefa de pregar o Evangelho, de libertar o Tibete ou de salvar o pica-pau-anão-da-caatinga. Angeli contenta-se em pisar com os pés sujos de barro no tapete dos outros, honorável missão que abraça desde a juventude. Quando cria histórias em quadrinhos, charges e cartuns, não almeja simplesmente o sucesso. Move-se, acima de tudo, pela gana de incomodar o público — de implodir a hipocrisia, zombar do senso comum e engordar as pulgas atrás das orelhas, como o visitante que emporcalha de propósito o chão impecável das casas que o recebem." - Armando Antenore.
 Melhor, impossível... Melhor ainda é que o cara soube envelhecer, tarefa difícil, diga-se de passagem. A prova disso é que ao longo de sua existência, seu foco de personagens foi mudando. Punks, junkies e hippies ficaram para trás em prol da honestidade de criar sobre algo que vive - Luke e Tantra, tiras feitas sobre o universo adolescente atual, inspirado no dia a dia observando seus filhos. É impagável, confiram!!!
http://www2.uol.com.br/angeli/lukeetantra/tiras.htm

sábado, 27 de novembro de 2010

Morphine

Receita: contrabaixo elétrico com duas cordas, afinadas convenientemente mais graves, tocadas por um slide; sax alto e barítono, as vezes tocados simultaneamente pelo mesmo músico e uma bateria tocada com uma pegada jazz, rock, surf music, blues - tudo isso para acompanhar uma voz de timbre grave, quase falada, mas ideal para as letras cheias de referências urbanas, junkies e até amorosas (sem breguice)
Recomendo todos os discos, absolutamente todos. Mas para começo, Cure for pain de 1992.
Nos discos de estúdio, eventualmente eram gravadas guitarras, mas a maioria das músicas não tinham o instrumento; mesmo assim, existe uma sonoridade rock incomum a uma banda sem guitarra. Ponto para o genial Mark Sandman.

"... a sua inteligência é sexy..." Mark Sandman em you look like rain.

O Kentucky Derby é decadente e depravado

Hunter Stockton Thompson era um alien! Não era desse mundo, ou talvez não dessa época. Tão genial como louco. Inventou um novo estilo de jornalismo, que por sinal ele era o único representante, dada a sagacidade e loucura necessária para fazê-lo. Não vou entrar aqui no mérito dos entorpecentes que ele consumia como um louco, afinal ele mesmo tinha uma teoria. Recomendo principalmente o fantástico The great shark hunt de 1979, que é uma coletânea de textos publicados em diversas revistas, inclusive o surreal "O Kentucky Derby é decadente e depravado". Eis o link. O livro está em inglês, mas com uns 3 semestres de cursinho de inglês e o tradutor do google, dá pra se virar.
A ilustração é do artista plástico Ralph Steadman, que ilustrou as matérias e livros de Hunter, além de acompanha-lo em várias das aventuras. Em breve falarei mais especificamente de Ralph.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Django Reinhardt

Um músico incrível. A wikipédia conta tudo de relevante sobre ele, A mim resta a profunda admiração e mostrar o talento dele. Vejam!!!

Ô Josué, eu nunca ví tamanha desgraça.

Sou nordestino - pernambucano pra ser mais exato. Filho e neto de sertanejos. Talvez daí venha minha identificação com essa obra maravilhosa, e único "romance" do fantástico Josué de Castromédico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, escritor e ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome. Não houve fome em minha família, mas para quem conhece o nordeste brasileiro, este romance ganha as devidas aspas. Imprescindível.
Sim a foto é chocante, mas a fome é mais chocante, e real.

The Brian Setzer Orchestra

Taí uma banda notável... dizem que uma imagem fala mais que mil palavras, este vídeo então fala mais que mil imagens:

Bitter Moon - Lua de fel

Filme dirigido por Roman Polanski do ano de 1992. As sinopses que achei do filme são fracas e não conseguem descrever a profundidade do filme. Longe da pretensão de ser crítico de cinema, recomendo esse filme por um motivo menos artístico: é uma análise muito fiel - sobretudo extrema - das relações humanas. Max Weber que o diga...
Sadismo, submissão, amor, ódio, taras, fantasias - está tudo lá.